lunes, 12 de septiembre de 2011

Colapso do neoliberalismo. CdaC


Desde a eclosão da crise imobiliária nos EUA, a partir de 2007, os fatos se precipitaram a uma velocidade que não deixa dúvida: a história apertou o passo. Na ventania desordenada surgem os contornos de uma crise sistêmica.



Restrita aos seus próprios termos, a engrenagem das finanças desreguladas não dispõe de uma alternativa para o próprio colapso.



A desigualdade construída em trinta anos de supremacia dos mercados financeiros sobre o escrutínio da sociedade cobra sua fatura. Populações asfixiadas acodem às ruas. Estados falidos se escudam em mais arrocho.



Anulada no seu relevo institucional por governantes e partidos majoritariamente ortodoxos e tíbios, a democracia representativa também se apequena. O sentido transformador da política passa a ser jogado nas ruas.



Sucessivas injeções de dinheiro nos mercados hibernam no caixa de bancos e empresas, sem ativar o metabolismo da produção e do consumo.



Exaurido pelo socorro às finanças, o caixa fiscal dos Estados encontra-se emparedado. Demandas sociais crescentes colidem com um endividamento inexcedível a juros cada vez mais calibrados pela desconfiança.



Organismos outrora estruturadores dessa hegemonia, como o FMI, rastejam sua esférica desimportância. Demonstrações de obscurantismo fiscal para 'acalmar os mercados' pontuam a deriva da social-democracia europeia.



Para debater esse longo crepúsculo histórico, a Carta Maior promove o seminário:



‘Neoliberalismo: um colapso inconcluso’, que se desdobrará em quatro mesas:



A singularidade da crise financeira mundial - Luiz Gonzaga Belluzzo e Maryse Farhi



Panorama geopolítico: novos atores e novas agendas - Ignacy Sachs e Ladislau Dowbor



O Brasil e os canais de transmissão da crise – Márcio Pochmann e Paulo Kliass



Desafios e trunfos da a América Latina - Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader 

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